O Islão – 2ª parte
KHALID IBN WALID – A Espada do Islão
Em 632 Maomé morre e sucede-lhe o seu sogro, Abu Bakr, proclamado Emir (Comandante dos Crentes).
Nota: todos os sucessores de Maomé usariam o título de Comandante dos Crentes. Posteriormente, os chefes de Estado seriam os Khalif rasul Allah (Sucessores do mensageiro de Deus) – ou seja, Califas.
Khalid era um dos aristocratas de Meca, membro da
nobreza que combatera Maomé, mas após se converter, foi recebido pelo profeta
de braços abertos e a quem este chamou a Espada do Islão.
Era o melhor general de Abu Bakr e foi incumbido de derrotar os bizantinos.
A Vitória
decisiva sobre as legiões do imperador Heráclio deu-se na batalha de Jarmuque,
a 20 de Agosto de 636, quando o emir Omar já tinha sucedido a Abu Bakr.
Em seguida a Pérsia também caiu nas mãos árabes.
Na Palestina só Jerusalém se aguentava ainda, sob a chefia do patriarca Sofrónio, que chamava aos árabes "sarracenos".
Os árabes convergiram para esta cidade a quem chamavam Élia.
Para os árabes a guerra por Jerusalém não era travada apenas com vista ao saque. «A Hora está próxima», diz o Corão. O militante fanatismo dos primeiros muçulmanos assentava na convicção da iminência do Juízo Final. O Corão não o afirmava, explicitamente, mas eles sabiam, pelos profetas judaico-cristãos, que o apocalipse teria lugar em Jerusalém: ora se a hora estava a chegar, eles tinham de tomar a cidade.
Khaled e outros generais juntaram-se em torno das muralhas, mas aparentemente não terá havido grandes combates. Como Sefrónio recusasse render-se sem obter uma garantia de tolerância por parte do próprio Comandante dos Crentes, tiveram de mandar ir Omar de Meca. De acordo com o Corão, Omar terá proposto a Jerusalém uma Aliança - dhimma - de Rendição, que permitia aos cristãos a liberdade de culto, pagando estes um imposto de submissão - o jizya. Os árabes entraram assim em Jerusalém.
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