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20/11/16

TESTES PSICOTÉCNICOS - Inteligência e Personalidade


O APARECIMENTO DOS TESTES PSICOLÓGICOS

•O aparecimento dos testes psicológicos está intimamente ligado ao aparecimento e evolução da psicologia experimental que teve lugar nos meados do século XIX.

Em 1879 foi criado o primeiro laboratório de psicologia experimental por Wundt visando, sobretudo, pesquisar as sensações visuais e auditivas, a psicofísica, os tempos de reacção e outros que comprovam a estreita ligação inicial entre psicologia e fisiologia.
Deu-se em seguida a influência da biologia sobre a psicologia, quando Galton tentou aplicar os princípios do evolucionismo de Darwin à selecção, adaptação e ao estudo do ser humano.
.Em conexão com os seus estudos sobre a hereditariedade e a genialidade, elaborou Galton alguns testes psicológicos a fim de determinar o grau de semelhança entre parentes. Estes testes 
Em 1900, Stern estuda as diferenças raciais, sociais, culturais, profissionais, sexuais, procurando investigar as causas dessas diferenças e como se manifestavam.
A utilização sistemática de testes para o apuramento das diferenças individuais relativas à capacidade intelectual foi realizado em França por A. Binet.
Binet propôs um fim especialmente prático: medir o aproveitamento escolar das crianças de Paris. Para isso recompilou questões cuja solução supõe inteligência; e colocou-as a crianças brilhantes, normais e atrasadas, analisando depois estatisticamente que itens eram resolvidos por cada grupo. Pode-se assim estabelecer o conceito de quociente intelectual, que resulta de dividir a idade mental, pelos itens apurados pela idade cronológica.
              QI = (IDADE MENTAL) : (IDADE CRONOLÓGICA)
Quando a idade mental e a idade cronológica coincidem, o quociente intelectual é de 100. Se a idade mental é inferior à cronológica, é menor de 100; e maior no caso contrário.
Binet publicou o seu teste em 1905 (Mais tarde o norte-americano Terman readaptou-o tendo ficado conhecido por teste de Terman-Binet).
Quando estes primeiros avanços do diagnóstico psicológico, sobre uma base matemático-estatística, foi-se perfilando uma concepção da inteligência meramente pragmática, mas indubitavelmente, a única possível: «a inteligência – como disse o psicólogo Boring – é o que medem os testes de inteligência». O conceito de inteligência assim obtido é muito diferente de ser preciso e, desde logo, nada «essencial».
No entanto, a análise que a psicologia faz da inteligência não se limita a estabelecer um conceito de «inteligência geral» ou capacidade global de um sujeito. Se aplicamos um conjunto variado de testes a diversos sujeitos, encontraremos, seguramente, que uns realizam melhor umas provas e que outros, pelo contrário, resolvem mais facilmente outras diferentes. É possível que uns sujeitos sejam especialmente aptos para as provas que requerem capacidade matemática, outros para os que requerem compreensão das relações espaciais, outros para as de tipo mecânico, etc.
Quer dizer, comprova-se que nem todos os indivíduos têm uma inteligência qualitativamente igual, que nem todos são aptos para as mesmas tarefas
Estas capacidades, que podemos denominar específicas, orientadas especialmente para umas determinadas operações, é o que em psicologia se denominam factores. Como diz Pinillos:«…No fundo, factor equivale a “aptidão”; quer dizer, supõe-se que um factor é um princípio activo que capacita o homem para  o exercício de uma classe de operações mentais»
O facto de que a inteligência geral não correlaciona de igual modo com diferentes tarefas levou a que o inglês Spearman (1904) concluisse que havia que admitir um factor «G», de inteligência geral, e uma série de factores ou aptidões para áreas específicas.
O problema era «isolar» estas aptidões, tarefa que, como a determinação dos “rasgos” de personalidade, faz-se mediante a complexa técnica da análise factorial.
Até ao momento isolaram-se mais de 200 factores, o que, como é lógico, supõe uma certa «atomização» da inteligência em aptidões enormemente concretas.
Citemos alguns dos factores de ordem superior. Temos assim o factor AR – raciocínio abstrato – como capacidade de abstrair leis gerais, de encontrar a conexão lógica que rege uma série de situações diferentes, mas que têm uma semelhança.
Outro factor importante é o verbal. Compreende este factor tudo o que suponha uma utilização inteligente da linguagem. E ainda o factor numérico, que analisa a faculdade de calcular em termos quantitativos.
Para além destes factores, costumam medir-se nos testes de aptidões: a aptidão espacial – capacidade para compreender e estabelecer relações espaciais e a aptidão mecânica – disposição de um sujeito para compreender e aplicar problemas de tipo técnico-mecânico. 
Como pode facilmente apreender-se, através deste ligeiro esboço dos principais factores, a sua determinação tem indiscutível importância para a orientaçao e selecção profissional.

TESTES DE PERSONALIDADE
Podem ser de vários tipos. Um dos mais conhecidos é o Teste de Rorschach:

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