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19/03/18

Stephen Hawking


O físico britânico, professor Stephen Hawking , autor de Uma Breve História do Tempo, o maior best-seller de divulgação científica de todos os tempos, faleceu aos 76 anos, após uma prolongada luta contra a doença degenerativa de que sofria. 
O best-seller de Hawking foi a forma declarada que ele encontrou para cobrir as despesas dos cuidados de que precisava. 
Para os cosmólogos, Hawking será sempre acima de tudo a pessoa que provou que os buracos negros são afinal quânticamente luminosos.
Para os não-cosmólogos Hawking será talvez muito mais uma personagem de telenovela, popularizada num filme recente.
Stephen Hawking, nascido em plena II Guerra Mundial, em 1942, na cidade de Oxford, Inglaterra, enfrentou inúmeras dificuldades durante a sua vida, talvez a maior delas logo a partir dos 21 anos quando foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença degenerativa que iria, de forma progressiva, paralisar todos os músculos do seu corpo. Os médicos informaram o jovem cientista de que teria poucos anos de vida. Durante anos e anos, o autor de Uma Breve História do Tempo teimou em provar os médicos errados. A sua estrela deixou de produzir energia 55 anos depois.

A doença limitativa paralisou-o quase totalmente e ficou restringido a uma cadeira de rodas. Em 2013 os seus músculos faciais deixaram de funcionar e o físico perdeu a capacidade de comunicar por meios próprios. Foi então que a Intel, uma marca empenhada no desenvolvimento de tecnologia electrónica, desenvolveu uma tecnologia que permitia que comunicasse através do movimento dos olhos.

Hawkings foi um advogado de grandes causas além da ciência, como a morte medicamente assistida. O cientista que durante anos desafiou todas as previsões médicas acreditava que uma pessoa deve ter direito a poder terminar a sua vida se assim o desejar. Chegou mesmo a assinar e defender veemente uma petição apresentada ao parlamento britânico que pedia a legalização da eutanásia, concretamente a pacientes que não tenham mais do que seis meses de vida.

O cientista confessou mesmo que certa vez tentou acabar com a sua vida, durante a década de 80, quando as suas funções motoras começaram a degenerar ainda mais. "Tentei fazê-lo, não respirando. Mas o reflexo da respiração era demasiado forte e não fui capaz", admitiu o cientista.

O astrofísico Neil deGrasse Tyson, também ele uma celebridade do mundo da ciência, assegurou que a partida de Hawking "deixa um vácuo intelectual" no mundo, numa referência ao trabalho desenvolvido pelo segundo sobre buracos negros. O físico escreve ainda no seu tweet: "[Esse vácuo] não ficou vazio. Pensem nele como uma espécie de energia no vácuo que alastra o tecido do espaço temporal e que desafia qualquer medida".


His passing has left an intellectual vacuum in his wake. But it's not empty. Think of it as a kind of vacuum energy permeating the fabric of spacetime that defies measure. Stephen Hawking, RIP 1942-2018.









Uma das mentes mais geniais do mundo moderno, Stephen Hawking guia o leitor na busca por respostas a algumas das maiores dúvidas da humanidade: Qual a origem do universo? Ele é infinito? E o tempo? Sempre existiu, ou houve um começo e haverá um fim? Existem outras dimensões além das três espaciais? E o que vai acontecer quando tudo terminar?
Com ilustrações criativas e texto lúcido e bem-humorado, Hawking desvenda desde os mistérios da física de partículas até a dinâmica que movimenta centenas de milhões de galáxias por todo o universo. Para o iniciado, Uma breve história do tempo é uma bela representação de conceitos complexos; para o leigo, é um vislumbre dos segredos mais profundos da criação.

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