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14/03/20

5 A ARTE BIZANTINA


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 A ARTE BIZANTINA


Na fase final do Império Romano, Roma foi perdendo destaque como capital.
Ao invés, Bizâncio (que chegou a ter o nome de Nova Roma) engrandeceu o seu poderio e conseguiu resistir às vagas de invasões que fizeram tombar a metade ocidental do império, no ano 476.
No ano 313, Constantino autorizou que o cristianismo fosse praticado livremente, tendo ordenado a construção das basílicas de São Pedro, em Roma, do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e da Natividade, em Belém.
Em 392, Teodósio I tornou o cristianismo a religião oficial do Império, e combateu todo o tipo de paganismos.
A partir de 330, Bizâncio passaria a designar-se Constantinopla, contudo, o império manteve a designação de Império Bizantino.
 Sobretudo através de Justiniano houve conquista de territórios a ocidente; mas o império sofreu diversas perdas sob a pressão dos muçulmanos, que avançaram de leste, e de povos que avançavam do norte.
Em 1453, data que marca o fim da Idade Média, Constantinopla foi tomada pelos muçulmanos, passando a ser a capital do Império Otomano, sob a designação de Istambul.
Entretanto, O Grande Cisma, ocorrido em 1054, havia levado à criação da Igreja Ortodoxa, separando-se da Igreja Católica.
A partir dessa data, a Arte Bizantina tornou-se representante do cristianismo ortodoxo.
A Arte Bizantina é herdeira dum passado rico, que vai juntar às heranças greco-romanas elementos estilísticos do Egito e da Pérsia.
Nela, a técnica do mosaico atinge o seu mais alto esplendor, com painéis cobrindo paredes, tetos, abóbadas e arcadas, com coloridos intensos e composições surpreendentes.
A representação da figura humana não é realista mas algo estilizada, obedecendo a rigorosos cânones.
Por norma, surge estática e frontal, em poses algo rígidas e austeras.
As bocas são pequenas, os narizes longos e os olhos grandes, com olhar fixo.
As pregas do vestuário são bem vincadas, apesar de os volumes serem, em geral, pouco acentuados.
Existem também excelentes exemplares de frescos, quer cobrindo paredes e abóbadas num contínuo, quer em pequenas composições ou representações de santos.
Formalmente, os frescos apresentam caraterísticas idênticas às dos mosaicos.
Na arte móvel destacam-se: os ícones, pinturas sobre madeira onde os temas mais comuns são os de Cristo Entronizado e da Virgem com o Menino; os relevos em marfim, quer em placas votivas, quer aplicados a caixas ou pequenos cofres.
Os frescos e os ícones bizantinos exerceram forte influência na pintura românica, assim como na fase inicial da pintura gótica.
Na arquitetura, construídas de raiz, destacam-se, pelas dimensões e complexidade formal, a grande basílica de Santa Sofia, em Constantinopla, e a catedral de São Marcos, em Veneza.
A primeira, de planta retangular, possui uma complexa estrutura de colunas, pilares, arcos e abóbadas; da segunda, em planta de cruz grega, destacam-se as diversas abóbadas semiesféricas.
As estruturas assentes em sistemas de arcos de volta perfeita e de cúpulas semiesféricas, entre outras, são como que uma imagem de marca da arquitetura bizantina, assim como os seus interiores cobertos por mosaico.

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