5
A ARTE BIZANTINA
Na fase final do Império Romano,
Roma foi perdendo destaque como capital.
Ao invés, Bizâncio (que chegou a
ter o nome de Nova Roma) engrandeceu o seu poderio e conseguiu resistir às
vagas de invasões que fizeram tombar a metade ocidental do império, no ano 476.
No ano 313, Constantino autorizou
que o cristianismo fosse praticado livremente, tendo ordenado a construção das
basílicas de São Pedro, em Roma, do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e da
Natividade, em Belém.
Em 392, Teodósio I tornou o
cristianismo a religião oficial do Império, e combateu todo o tipo de
paganismos.
A partir de 330, Bizâncio
passaria a designar-se Constantinopla, contudo, o império manteve a designação
de Império Bizantino.
Sobretudo através de Justiniano houve
conquista de territórios a ocidente; mas o império sofreu diversas perdas sob a
pressão dos muçulmanos, que avançaram de leste, e de povos que avançavam do
norte.
Em 1453, data que marca o fim da
Idade Média, Constantinopla foi tomada pelos muçulmanos, passando a ser a
capital do Império Otomano, sob a designação de Istambul.
Entretanto, O Grande Cisma,
ocorrido em 1054, havia levado à criação da Igreja Ortodoxa, separando-se da
Igreja Católica.
A partir dessa data, a Arte
Bizantina tornou-se representante do cristianismo ortodoxo.
A Arte Bizantina é herdeira dum
passado rico, que vai juntar às heranças greco-romanas elementos estilísticos
do Egito e da Pérsia.
Nela, a técnica do mosaico atinge
o seu mais alto esplendor, com painéis cobrindo paredes, tetos, abóbadas e
arcadas, com coloridos intensos e composições surpreendentes.
A representação da figura humana
não é realista mas algo estilizada, obedecendo a rigorosos cânones.
Por norma, surge estática e
frontal, em poses algo rígidas e austeras.
As bocas são pequenas, os narizes
longos e os olhos grandes, com olhar fixo.
As pregas do vestuário são bem
vincadas, apesar de os volumes serem, em geral, pouco acentuados.
Existem também excelentes
exemplares de frescos, quer cobrindo paredes e abóbadas num contínuo, quer em
pequenas composições ou representações de santos.
Formalmente, os frescos
apresentam caraterísticas idênticas às dos mosaicos.
Na arte móvel destacam-se: os
ícones, pinturas sobre madeira onde os temas mais comuns são os de Cristo
Entronizado e da Virgem com o Menino; os relevos em marfim, quer em placas
votivas, quer aplicados a caixas ou pequenos cofres.
Os frescos e os ícones bizantinos
exerceram forte influência na pintura românica, assim como na fase inicial da
pintura gótica.
Na arquitetura, construídas de
raiz, destacam-se, pelas dimensões e complexidade formal, a grande basílica de
Santa Sofia, em Constantinopla, e a catedral de São Marcos, em Veneza.
A primeira, de planta retangular,
possui uma complexa estrutura de colunas, pilares, arcos e abóbadas; da
segunda, em planta de cruz grega, destacam-se as diversas abóbadas
semiesféricas.
As estruturas assentes em
sistemas de arcos de volta perfeita e de cúpulas semiesféricas, entre outras,
são como que uma imagem de marca da arquitetura bizantina, assim como os seus
interiores cobertos por mosaico.
Sem comentários:
Enviar um comentário