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A ARTE ROMÂNICA
Apresentação
Muitos crentes receavam que
acabasse o mundo no ano 1000.
Este fator contribuiu para que
aumentasse o fervor religioso e se intensificassem as peregrinações aos locais
sagrados mais importantes do mundo cristão.
A partir do séc. X surge na
Europa um grande número de mosteiros, situados sobretudo nas rotas para
Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela.
A construção de mosteiros a bom
ritmo perdurou pelos séculos XI, XII e XIII.
Nesse período, as ordens
religiosas já existentes ganharam influência e poder, e outras foram surgindo.
Com as suas regras e hábitos
específicos, algumas desempenharam um papel relevante na sociedade e no
preservação do conhecimento.
O feudalismo impõe-se como
sistema de organização da sociedade, onde camponeses e artesãos são servos de
um senhor nobre, proprietário do feudo.
Os servos, contudo, têm alguma
proteção do seu senhor, por viverem nas suas terras.
Entre 1096 e 1272 houve uma
dezena de Cruzadas.
Estas consistiram em guerras,
invasões ou movimentações militares com vista a conquistar a Terra Santa para o
domínio dos cristãos e a expulsar os muçulmanos do território europeu.
Nas Cruzadas participaram as
ordens religiosas que eram simultaneamente ordens militares, com os seus monges
cavaleiros: Ordem Cisterciense, Ordem dos Templários e Ordem de Malta (ou dos
Cavaleiros Hospitalários
Neste cenário surge e instala-se
o estilo Românico, que tem o seu apogeu entre 1050 e 1200.
É o primeiro estilo internacional
da Idade Média, espalhando-se por grande parte da Europa e estando representado
por diversas variantes regionais.
O estilo Românico recebeu esse
nome por alguns historiadores antigos terem visto na arquitetura semelhanças
com a romana, na utilização do arco de volta perfeita e das abóbadas que dele
derivam.
Além da influência romana, a arte
românica apresenta evidentes influências das artes pré-românica e bizantina;
nuns casos mais ao nível da arquitetura, noutros mais da escultura, da pintura,
da ilustração de livros ou da ourivesaria.
Neste período, os mosteiros são
importantíssimos centros de cultura e de produção de arte, sendo os monges os
detentores do saber.
Mas também os castelos e algumas
residências feudais tiveram um papel importante na divulgação e produção
artística.
No período românico há uma
fecunda produção literária, poética e musical.
Surgem os trovadores, poetas
líricos de cariz popular, cujos poemas eram musicados e cantados nas cortes e
em festividades.
Uma parte muito significativa da
arte românica tem a religião como tema e motivação.
A arte românica glorifica a
religião cristã, mas também o poder dos reis e dos nobres.
No mundo românico tudo gira em
torno da religião cristã.
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