MADAME du BARRY
É a mais célebre favorita da história de França.
A sua entrada na corte e o seu acesso à dignidade de amante real foi o maior escândalo dum reino em que os escândalos abundavam.
Logo que Luis XV conheceu Madame du Barry, achou-a muito interessante, E o rei podia considerar-se um perito.
Duma beleza frágil, Madame du Barry tinha os cabelos dum louro-dourado, a mais bela boca do mundo, o sorriso mais malicioso. Poucas grandes damas se sabiam vestir com tal requinte. Tinha pouca inteligência e ainda menos personalidade, mas mostrava-se sempre alegre, cheia de vida e animação, nem demasiado pretensiosa, nem demasiado insuportável. O rei apreciava muito todas estas belas qualidades.
Filha natural duma costureirinha, soubera, no entanto, penetrar nos círculos mundanos, onde o seu encanto e a sua beleza provocante tinham desde logo atraído a atenção. Era negociante de modas e, ao mesmo tempo, modelo de alta costura; primeiro foi amante dum aristocrata obscuro, o conde du Barry, cognominado o Libertino. O conde du Barry não se prendia com escrúpulos; ofereceu toda a liberdade à sua amante quando esta atraíu a atenção do muito importante duque de Rechelieu, conhecido como um dos maiores boémios da sua época. Richelieu levou a sua conquista a Versalhes e fez tudo para que ela se encontrasse com o rei. A partir daí a sua sorte estava decidida. Tornou-se Madame du Barry casada à pressa, com o irmão do Libertino- A nova condessa foi apresentada à corte em 1769.
Madame du Barry contava entre os seus encantos uma alegria, um bom humor, que lhe permitia opor um sorriso aos mais venenosos ataques. Desempenhou muito habilmente um papel delicado: foi uma anfitriã perfeita nas pequenas coisas do rei. Apesar das suas origens modestas nada tinha de vulgar: a sua conversa era irrepreensível. Madame du Barry era uma sedutora de grande experiência, mas as pessoas da sua intimidade afirmam que não era má pessoa.
https://youtu.be/c9ZR6e4MrHM
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