30/03/14
HISTÓRIA DA PINTURA DO SÉCULO XX: 10- FUTURISMO
O
Futurismo surgiu em Itália em 1909, com a edição do primeiro manifesto. É um
movimento de artistas e intelectuais que fez do mundo moderno a sua principal
bandeira. Era liderado pelo poeta Filippo Tomasso Marinetti, pioneiro na escrita visual
e sonora.
Os
futuristas pretendiam fazer tábua-rasa do passado, para edificarem uma cultura
própria do presente e virada para o futuro. Consideravam como obras de arte
aquilo que era caraterístico da civilização moderna: fábricas, movimento,
eletricidade, luz elétrica, máquinas, motores, locomotivas, automóveis, aviões,
etc.
O
Futurismo manifestou-se essencialmente na Literatura, na Pintura e na
Escultura, mas também na Música, no Teatro e na Arquitetura.
Como
movimento organizado, o Futurismo teve curta duração, extinguindo-se com a
Primeira Guerra Mundial. No entanto, é notória a sua influência noutros
movimentos, sobretudo no Cubismo, no Dadaísmo e no Surrealismo.
Tal
como na pintura cubista, na futurista surgem também colagens, letras e
palavras.
As
fronteiras entre Cubismo e Futurismo são, por vezes, difíceis de definir,
sobretudo por também haver representação de movimento no primeiro e
geometrização das formas no segundo.
Pintores
futuristas: Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Carlo Carrá, Gino Severini, Luigi Russolo, Amadeo de Souza-Cardoso, Guilherme de Santa-Ritta
Filippo Marinetti, 1912 Capa do livro zang Tumb Tumb |
Filippo Marinetti, 1909 Montage+Vallate+Strada x-Joffre |
Filippo Marinetti, 1911 Ídolo moderno |
Giacomo Balla, 1909 A luz da rua |
Giacomo Balla, 1912 Menina correndo na varanda |
Giacomo Balla, 1910 A cidade desperta |
Giacomo Balla, 1914 Mercúrio passando frente ao Sol |
Carlo Carrá, 1912 Saída do teatro |
Carlo Carrá, 1910 Piazza del Duomo |
Carlo Carrá, 1914 Manifesto patriótico |
Gino Severini, 1912 Dançarina em Pigal |
Gino Severini, 1912 Dinamismo dum dançarino |
Gino Severini, 1915 A carga das lanças |
Gino Severini, 1915 O comboio blindado |
Luigi Russolo, 1912 Dinâmica dum automóvel |
Luigi Russolo, 1912 A revolta |
Luigi Russolo, 1911 Música |
Amadeo de Souza-Cardozo, 1913 A cozinha de Manhouce |
Amadeo de Souza-Cardozo, 1913 A procissão Corpus Christis |
Amadeo de Souza-Cardozo, 1913 Cabeça |
Amadeo de Souza-Cardozo, 1917 Entrada |
Amadeo de Souza-Cardozo, 1917 Pintura Brut 300 TSF |
Guilherme de Santa Rita, 1910 Cabeça |
17/03/14
HISTÓRIA DA PINTURA DO SÉCULO XX: 9- CUBISMO
O
Cubismo surge em 1907, através de Picasso e de Braque, na sequência do trabalho
da geometrização das formas iniciado por Cézanne. Desenvolveu-se em três fases. Na
fase cezanniana (ou geométrica) a pintura apresenta uma simplificação onde são evidentes
as formas cúbicas e prismáticas; há preferência por representação de paisagens. Na
fase analítica as figuras e objectos são representados de vários ângulos, pelo
que as imagens lembram espelhos partidos; a paleta cromática é muito reduzida; há preferência pelo retrato e pela natureza-morta. Na
fase sintética utilizam-se cores fortes, as figuras são reduzidas ao essencial
e despreza-se a profundidade; é comum a figuração humana.
Nalguns
quadros cubistas está patente a influência da escultura africana, que veio
revelar aos artistas outros processos de representar a realidade. Há também
quem aponte o Cinema como influência do modo de representar na fase analítica. Nas
fases analítica e sintética surgem por vezes colagens: pedaços de jornal, bilhetes,
areia, pedaços de vidro, etc. também é comum a utilização de letras ou
palavras.
Após
a 1.ª Guerra Mundial o Cubismo já estava em fase de extinção, mas, apesar da
curta duração que teve, influenciou alguns dos movimentos que se seguiram, nomeadamente
o Futurismo e as tendências geométricas do Abstraccionismo.
Pintores
cubistas: Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris, Fernand Léger, Albert Gleizes, Jean Metzinger, Lyonel Feininger, Kazimir Malevich
Picasso, 1921 - Três músicos |
Braque, 1908 - Viaduto no LÉstaque |
Braque, 1911 - O português |
Braque, 1942 - Interior com paleta |
Fernand Léges, 1911 - A boda |
Férnand Léges, 1918 - Acrobatas no circo |
Juan Gris - 1913 - Violino e mesa de xadrez |
Juan Gris - 1912 - Natureza morta com flores |
Juan Gris - 1915 - Natureza morta frente a janela |
Juan Gris, 1913 - Guitarra |
Fernand Léger, 1921 - O almoço |
Fernand Léger, 1945 - A grande Júlia |
Albert Gleizer, 1913 - Homem na rede |
Albert Gleizer, 1910 - Mulher com flores |
Albert Gleizer, 1934 - 1934 - Figura dentro de um arco íris |
Jean Metzinguer, 1912 - No velódromo |
Jean Metzinguer, 1912 - Aldeia |
Jean Metzinguer, 1912 - Dança no Café |
Lyonel Fleininguer, 191 - A ponte |
Lyonel Fleininguer, 1936 - Gelmeroda XIII |
Kasimir Malevich - 1912 - Manhã na aldeia após nevão |
Kasimir Malevich, 1912 - O lenhador |
Kasimir Malevich, 1912 - O amolador |
14/03/14
HISTÓRIA DA PINTURA DO SÉCULO XX: 8- EXPRESSIONISMO
O Expressionismo surge a partir do legado dos pós-impressionistas.
Assume a autonomia da Pintura em relação à realidade visível e liberta-se das influências do Romantismo e das referências clássicas e académicas. É o primeiro movimento que nasce no séc. XX.
Em geral, o Expressionismo caracteriza-se por: assumir uma certa agressividade visual e temática; utilizar cores anti-naturais, pinceladas largas e pastosas e por vezes espessas linhas de contorno; desprezar pormenores, as proporções anatómicas e as regras da perspectiva; sobrevalorizar a cor em detrimento da forma; fazer composições afastadas dos cânones tradicionais de beleza.
Os pintores alemães são os mais significativos representantes do Expressionismo, movimento que continuará a marcar uma forte presença a partir da 1.ª Guerra Mundial, embora de forma mais individualizada.
Os pintores alemães são os mais significativos representantes do Expressionismo, movimento que continuará a marcar uma forte presença a partir da 1.ª Guerra Mundial, embora de forma mais individualizada.
- Devido à sua obra singular, dois pintores antecipam-se a esse movimento: o belga James Ensor, com uma pintura macabra, onde fantasmas, mortos, esqueletos e mascarados marcam presença; o norueguês Edvard Munch, com uma pintura perturbadora, explorando emoções, frustrações, angústias, a solidão e o medo.
- O grupo “Fauvisme” (“fauve” significa fera), liderado por Matisse, surge em Paris em 1905. Explora a cor, a linha e a composição de um ponto de vista exclusivamente estético. Desmembra-se dois anos depois de formado.
- O grupo “Die Brücke” (A Ponte), liderado por Kirchner, surge também em 1905, em Dresden. Apresenta uma pintura com crítica social, dando realce ao lado dramático e trágico da vida, com forte presença das sensações de medo e angústia. Extingue-se em 1913.
- O grupo “Der Blaue Reiter” (O Cavaleiro Azul), liderado por Kandinsky, surge em Munique, em 1909. Pretende construir harmonias espirituais a partir das harmonias estéticas, valorizando a individualidade de cada artista. Extingue-se em 1914.
- O grupo “Sezession” (Secessão), liderado por Klimt, forma-se em Viena em 1897. Começou por produzir uma pintura influenciada pelo Impressionismo e pela Arte Nova, enveredando mais tarde pelo Expressionismo. Dissolve-se a partir de 1910.
James Ensor
Edvard Munch
Henri Matisse
Maurice de Vlaminck
André Derain
Georges Rouault
Albert Marquet
Ernst Ludwig Kirchner
Emil Nolde
Max Pechstein
Wassily Kandisnky
Paul Klee
Franz Marc
August Macke
Max Beckmann
Ludwig Meidner
Paula Modersohn-Becker
Gustave Klimt
Egon Schiele
Oskar KokoschkaJames Ensor, 1891 - Esqueletos lutando por um enforcado. |
Edvard Munch,1894 - Cinzas. |
Matisse, 1909 - A dança |
Maurice de Vlaminck, 1906 - Paisagem com árvores vermelhas |
André Derain, 1906 - A curva da estrada |
Georges Rouault, 1917 - Os três palhaços |
Albert Marquet, 1911 - Dia chuvoso em Paris |
Ernst Ludwig Kirchner, 1913 - Cena de rua |
Emil Nolde, 1912 - Crucificação |
Max Pechstein, 1911 - Debaixo das árvores |
Wassily Kandinsky, 1903 - O cavaleiro azul |
Paul Klee, 1922 - Senecio
Franz Mark, 1911 - A vaca amarela
|
August Macke, 1911 - Campos de vegetais |
Max Beckmann, 1918/19 - Noite |
Ludwig Meidner, 1912/20 - Paisagens apocalípticas |
Paula Modersohn-Becker, 1906 - Autoretrato com colar e flores |
Gustav Klimt, 1907/8 - O beijo |
Egon Schiele, 1917 - Mulher reclinada com meias verdes |
Oskar Kokoshka, 1914 - Noiva do vento |
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