Mensagem de boas vindas

Bem Vindo ao blog Campo da Forca. Apontamentos pessoais também abertos a quem os quiser ver.

29/12/15

Lista de 30 filmes para um melhor entendimento sobre a arte, pintores e momentos históricos.

1) Carnival in Flanders, 1935 
A obra retrata a chegada dos soldados espanhóis a Flandres e aspectos da escola barroca holandesa e espanhola.

2) Rembrandt, 1936 - A obra retrata a mudança de vida do pintor Rembrandt e a morte de sua companheira.

3) The moon and sixpence, 1943 - Obra adaptada da vida Paul Gauguin.

4) Cinco mulheres ao redor de Utamaro, 1946: adaptação da vida do pintor japonês Utamaro.

5) Moulin Rouge, 1952 - Baseada na novela de Pierre La Mure, o filme retrata momentos da vida do pintor Toulouse-Lautrec.

6) Lust for Life, 1956 - Adaptação sobre a vida de Vincent Van Gogh.

7) O mistério de Picasso, 1956 - Adaptação sobre a vida de Pablo Picasso.

8) Montparnasse 19, 1958: adaptação sobre a vida do escultor e pintor Amadeo Modiglani.

9) El Greco, 1966: adaptação da vida de Donénikos Theotokópoulos, El Greco.

10) Frida: natureza viva, 1984 - Adaptação da vida de Frida Kahlo.

11) Caravaggio, 1985 - Adaptação da vida e obra de Michelangelo Merisi, Caravaggio.

12) A paixão de Camille Claudel, 1988: adaptação da vida da escultora Camille Claudel.

13) Dalí, 1991: adaptação sobre o início da fama de Salvador Dalí.

14) Vincent e Theo, 1990 - Fragmentos da vida do pintor holandês Van Gogh e de seu irmão.

15) Van Gogh, 1991: adaptação sobre o último verão da vida de Van Gogh.

16) Surviving Picasso, 1996: adaptação da vida de Picasso e sua amante Françoise Gilot.

17) I shot Andy Warhol, 1996 - Filme que retrata a sociedade e arte dos anos 60, baseado na história de Valerie Solanas.

18) El amor es el demonio, 1998: adaptação do momento de maior êxito de Francis Bacon, em confluência com o momento que seu companheiro decide acabar com a própria vida.

19) Lautrec, 1998: adaptação da vida de Toulouse Lautrec, baseada em sua vida pessoal.

20) La hora de los valientes, 1998: representação do translado das obras de arte do Museo del Prado até Valência durante a Guerra Civil.

21) Goya en Burdeos, 1999: adaptação dos últimos meses de vida de Goya.

22) Abajo el telón, 1999 - Nessa obra Diego Rivera recebe a tarefa de pintar a antecâmera do Rockefeller Center, em um período complicado para os artistas.

23) Pollock, a vida de um criador, 2000 -Obra baseada no livro de Jackson Pollock, sobre a técnica de dripping.

24) Buñuel and King Solomon's table, 2000: recriação do tempo que passaram juntos Buñuel, Garcia Lorca e Salvador Dalí.

25) Frida, 2002 - Adaptação do livro de Hayden Herrera sobre a vida de Frida Kahlo e Diego Rivera.

26) Modigliani - A paixão pela vida, 2004: adaptação da rivalidade entre Picasso e Modigliani.

27) Klimt, 2006: adaptação da vida de Gustav Klimt.

28) As sombras de Goya, 2006 - Marcada pelo contexto da Inquisição Espanhola, a obra narra momentos históricos em que o pintor Francisco de Goya estava imerso.

29) El Greco, 2007 - Adaptação da novela de Dimitris Siatíopulos sobre a vida de El Greco.

30) Renoir, 2013 - Adaptação da vida do pintor Auguste Renoir.

História de Roma -19 – Roma conquista a Grécia e o Mediterrâneo Oriental


Roma conquista a Grécia e o Mediterrâneo oriental



Em 203-202 a.C. Filipe V, rei da Macedónia aliou-se a Antíoco III, o Grande, rei Selêucida, senhor da Síria e do Médio Oriente, para atacar o terceiro reino em que se dividiu o imenso império de Alexandre, o Magno, o Egipto dos Ptolomeus.

A aliança entre a Macedónia e os Selêucidas inquietou algumas cidades-estado da Grécia, nomeadamente Rodes e Pérgamo, que se dirigiram a Roma, convencendo o Senado que tal aliança faria também perigar Roma.

O Senado enviou um ultimato à Macedónia, que foi rejeitado com insolência por Filipe V, o que deu origem à 1ª guerra travada por Roma em solo grego (200 a.C.).

Os 2 primeiros anos da campanha não foram concludentes, tendo o general Tito Flamino só a intenção de expulsar os Macedónios das suas 3 principais fortalezas da Grécia.

Mas Filipe V passou ele próprio ao ataque e provocou a Batalha de Cinoscéfalos, nos montes a leste de Tessália.

O exército de Filipe V desceu a encosta e começou a abater as fileiras romanas, mas foi atacado pela retaguarda pôs-se em fuga. A causa macedónia estava perdida. Foi o 1º conflito a opor duas tradições militares bem diferentes, a mobilidade das legiões romanas, bem desenvolvida anteriormente por Cipião, o Africano, contra a falange grega, estreitamente unida mas pouco móvel.

Esta derrota esteve na base do futuro do Mediterrâneo Oriental.

Filipe V foi obrigado a renunciar à sua armada e a aceitar que o seu domínio sobre a Grécia fosse banido. Tito Flaminino declarou as cidade-estado gregas livres, numa proclamação de liberdade que ficou célebre e que deixou os gregos em grande excitação e júbilo. No entanto esta alegria não foi partilhada por todos, pois os antigos aliados de Roma, membros da Liga Etólica, e que se tinham mostrado determinantes durante o conflito, sentiram que esta libertação geral não os tinha recompensado significativamente e, desiludida, a Liga Etólica convidou Antíoco III a ir até à Grécia combater os Romanos.

Nessa época as relações entre Antíoco III e os Romanos não eram as melhores. Aníbal, o antigo inimigo de Roma, tinha-se refugiado na corte selêucida; durante a 2ª Guerra Púnica conduzira Cartago a uma vitória espectacular, mas os cartagineses cansaram-se do seu punho de ferro e Antíoco autorizou-o a residir no território selêucida.

Antíoco decidiu aceitar o convite da Liga Etólica e, em Março de 192 a.C. invadiu a Grécia. Era inevitável que o Senado enviasse os seus exércitos para lhe resistirem.

A maneira como Antíoco III conduziu a guerra não passou de um miserável desafio para os Romanos. Sofreu uma derrota esmagadora na garganta histórica de Termópilas (191 a.C.) e foi forçado a abandonar a Grécia. No ano seguinte os Romanos derrotaram-no de novo, desta vez numa batalha naval. Isso permitiu aos Romanos, pela 1ª vez, desembarcar tropas na Ásia. A batalha final entre Antíoco III e os Romanos foi terrestre e desenrolou-se em Magnésia, a oeste da Ásia Menor, em 190 a.C. O irmão de Cipião o Africano era o general titular mas aquele esteve presente na batalha para o aconselhar. Os Romanos atacaram o flanco esquerdo do imenso exército de Antíoco III, defendido por cavaleiros persas fortemente armados. Os elefantes selêucidas, transtornados pelos golpes das lanças, deram meia volta e, em vez de carregarem sobre as tropas inimigas, atacaram a sua própria falange, ao centro. Os Romanos obtiveram uma vitória esmagadora.

Assim os Romanos atacaram os dois principais reinos gregos, infligindo-lhes terríveis derrotas e invadindo-os. Porém a lição dada a Filipe V não serviu de exemplo. Em 179 a.C., Filipe V morre e seu filho, Perseu, com 35 anos, sobe ao trono. Renovou o tratado com os Romanos, que não pretendia atacar. Mas, ao mesmo tempo, tomou uma série de medidas visando reforçar a influência macedónia sobre os seus vizinhos.

Em 171 a.C., os Romanos estavam de novo em guerra contra a Macedónia. O pretexto era insignificante. Perseu atacara alguns chefes vizinhos que tinham laços de amizade com Roma. A verdadeira razão prendeu-se com o facto de Roma temer a influência macedónia sobre os seus estabelecimentos situados em território grego.

Como na anterior ofensiva contra a Macedónia, as primeiras campanhas foram caóticas e infrutíferas. Por fim, no 4º ano de hostilidades, o rei cedeu terreno e recuou nas suas fronteiras, o que permitiu ao cônsul Paulo Emílio acampar na planície macedónia propriamente dita. Aí, obrigou o inimigo a travar uma batalha, em Pídnia. O choque inicial com a pesada falange de Perseu, composta de 20.000 homens, fez recuar os legionários romanos. A seguir, a falange perdeu terreno quando se abriram brechas nas suas linhas e que foram aproveitadas por pequenas unidades romanas que se infiltraram, enquanto outros elementos rodeavam os flancos do exército macedónio. Os gládios dos legionários romanos infligiram perdas terríveis à infantaria macedónia, armada de lanças. A inferioridade da falange em relação as legiões romanas foi, uma vez mais, provada de forma absoluta. O exército macedónio foi totalmente aniquilado.

27/12/15

Natal 2015



O meu Natal 2015

Publicado por Constantino Teles em Sábado, 26 de Dezembro de 2015

21/12/15

ALHOS VEDROS

Freguesia desde 1319 (existência documentada da freguesia de S. Lourenço de Alhos Vedros).
Ignoram-se os fundadores de Alhos Vedros, a data da fundação e o seu primeiro nome. Sabe-se apenas que era uma povoação do termo de Palmela nos séculos XII / XIII e que fazia parte da antiga Comarca de Setúbal. Passou depois a fazer parte do concelho de Ribatejo, até à época em que ganhou a sua autonomia municipal (finais do século XIV).
D. Manuel concedeu-lhe foral em 15 de Dezembro de 1514, incluindo o seu termo várias aldeias: Lavradio, Barreiro, Telha, Palhais, Moita, Quinta de Martim Afonso e Sarilhos Pequenos. Até 1834, foi sua donatária a ordem militar de Santiago e Comenda da Mesa Mestral da referida Ordem.

Em 1527, a vila de Alhos Vedros tinha 444 habitantes e com o seu termo atingia 1028 habitantes.

Alhos Vedros orgulha-se de ter sido durante longa data um concelho importante, exercendo um poder forte sobre as terras vizinhas. A confirmar este dado podem observar-se os inúmeros vestígios históricos, ainda hoje presentes na zona. Como por exemplo:

- o Pelourinho do século XVI, símbolo do poder que Alhos Vedros tinha sobre as terras limítrofes, como concelho que era;
- o Campo da Forca, o actual Bairro Gouveia, onde, segundo a tradição, eram executados pela forca os condenados à morte;
- a cadeia, na parte antiga da vila, cujas ruínas foram destruídas recentemente;
- o Paço Real, situado junto ao cais da vila, local onde se refugiou o rei D. João I para fugir à epidemia da peste, que assolava na altura a cidade de Lisboa, vitimando D. Filipa de Lencastre, sua mulher.
Registam-se ainda outros vestígios, relacionados com actividades profissionais. A actividade rural, era vocacionada para a produção de produtos hortícolas e frutícolas. Também importante eram as actividades piscatória, de extracção e transporte de sal e sargaço para Tróia (ainda hoje se podem ver algumas salinas, embora desactivadas), a moagem de cereais (presente através do Moinho de Maré, do Moinho da Charroqueira e do Moinho Novo onde era feita a moagem de trigo e outros cereais) e a produção de cal (Forno da Cal).
Com o caminho de ferro, a vila transformou-se gradualmente em centro da industria corticeira que atinge o seu apogeu na década de 40. A indústria da cortiça e as fábricas de confecções que se instalaram posteriormente estão hoje em declínio, com o encerramento de muitas.

Povoação muito antiga e sede de concelho até 1855, a vila de Alhos Vedros orgulha-se justamente da sua história e tem sabido preservar até hoje o essencial das suas referências memoriais e identitárias. O foral de 1514, outorgado por D. Manuel a 15 de Dezembro, é um desses documentos cujo valor simbólico assume particular relevância a nível local. Talvez por isso seja habitual realizarem-se quase todos os anos, naquela data, iniciativas de comemoração que, a par de outras, como as festas de Nossa Senhora dos Anjos, são momentos de revitalização para a comunidade e ajudam a reforçar a ligação com o passado, enriquecendo a identidade cultural das gerações presentes e futuras. O documento original encontra-se na Sala de Reservados da Biblioteca Nacional com a cota IL 62.

Rua Caldas Xavier
2860-058 Alhos Vedros
GPS: 38.643430, -9.021956