18/12/16
15/12/16
A Pedra Filosofal
A PEDRA FILOSOFAL
Foi do Egipto por intermédio dos árabes, que se espalhou a
ideia de que a pedra filosofal era o meio de transformar em ouro os metais
comuns.
A conquista do Egipto deu aos árabes a posse de
conhecimentos que eram, no início, fruto do trabalho de uma classe sacerdotal
ciosa, ensinada nos templos sob a forma de mistérios só acessíveis a iniciados.
Novecentos anos antes da conquista, a Academia de Alexandria
tornara-se já um centro científico e, na época em que os árabes incendiaram a
famosa biblioteca, Alexandria era a mais importante sede e albergue da ciência
grega.
A lâmpada maravilhosa dos cientistas árabes, por intermédio
da qual o homem podia adquirir toda a magnificência, no Egipto tomou a forma de
pedra filosofal.
As escolas árabes, pela procura desta pedra filosofal, deram
o primeiro impulso a toda a Europa ocidental, nela introduzindo conhecimentos
químicos. No modelo das Universidades de Córdova, Sevilha e Toledo, visitadas
desde o século X por curiosos de toda a parte, cedo se espalharam novos centros
em Paris, Salamanca e Pádua.
Assim, os sacerdotes cristãos vieram a ser os depositários e
propagadores de doutrinas científicas dos sábios árabes e, muitos séculos
depois dos tempos dos sacerdotes egípcios, a Alquimia conservava ainda
interpretações de obscuridade proverbial e estilo místico, repleto de imagens e
entremeado de ideias religiosas. São verdadeiramente notáveis para a época, a
variedade de conhecimentos químicos na riqueza de ideias e extensão de
conceitos nos escritos de Geber (século VIII), Roger Bacon ou Alberto Magno
(século XIII).
Já no tempo de Geber classificavam-se as substâncias, como
hoje, por grupos, segundo as analogias. O grupo dos metais partilhava certas
propriedades fundamentais: brilho metálico, inalterabilidade de alguns ao fogo
(metais nobres), etc.
Por causa do seu brilho metálico, a galena e a pirite não
podiam deixar de estar no grupo dos metais. A galena tem quase a cor do chumbo
e a pirite do ouro. De ambas se pode extrair enxofre. Da galena pode-se, sem
mudança de cor, retirar chumbo. Chumbo dúctil, fusível, dotado de brilho.
Não seria natural, então, acreditar que todos os metais
continham enxofre e que este lhes modificava as propriedades, conforme entrava
em maior ou menor quantidade? E, como da galena se obtém chumbo metálico por
expulsão de enxofre, não seria possível que, separando um pouco mais de enxofre,
tornar o chumbo mais nobre, convertendo-o em prata?
Conhecia-se a propriedade do mercúrio se reduzir facilmente
a vapor. Não seria natural admitir que a formação da ferrugem e que a perda das
propriedades metálicas experimentadas pelos metais, por calcinação proviriam da
libertação de um mercúrio volátil?
Não temos de nos admirar que os alquimistas tivessem tomado
por metais certos sulfuretos. Basta recordar que os químicos, em época muito
mais adiantada consideravam o óxido de urânio como metal puro.
Os alquimistas supunham a presença, nos metais, de um
princípio particular que lhe comunicava o carácter de metalidade: o mercúrio
dos «sages». Extraindo o princípio metálico de uma substância, aumentando, por
depuração, a força daquela, preparando, assim, a «quinta essência» da
metalidade, obtinha-se a pedra que associada a metais comuns, os enobrecia.
Esta «pedra filosofal» actuava, segundo alguns alquimistas, à maneira de
fermento.
No seu mais alto grau de perfeição, a pedra filosofal era
uma panaceia universal. Segundo Roger Bacon, uma só parte da pedra bastava para
converter em ouro um milhão de partes de metal comum. Segundo Basílio Valentim,
porém, o poder de transformação da pedra filosofal não ia além de 70 partes de
metal comum e na opinião de John Price, o último «fazedor de ouro» do século
XVIII, de 30 a 60 partes.
Antes da invenção da imprensa, era fácil aos alquimistas
manter secretas as suas pesquisas. Os segredos das experiências só se trocavam
entre iniciados. Das operações relacionadas com a «grande obra», nada mais há
que símbolos e imagens que exprimem em linguagem inatingível, o que eles mesmo
só muito vagamente apreendiam.
O que mais admira é que a existência da pedra filosofal possa
ter passado durante tantos séculos e por tantos homens instruídos e pensadores
como Bacon, Espinosa, Leibnitz como sendo uma verdade incontestável, quando
ninguém a possuía, embora todos garantissem que outro a tinha.
No século XV havia alquimistas nas cortes de muitos
príncipes reinantes: o imperador Rodolfo II e o palatino Frederico davam-lhe
grande protecção. Havia quem se ocupasse de Alquimia em todas as classes
sociais e sacrificavam-se quantias consideráveis na procura da pedra filosofal.
Surgiu então a turba dos aventureiros que se fizeram passar junto dos grandes
senhores, por adeptos possuidores do grande segredo; jogo perigoso que quase
sempre acabava mal, com a falta de êxito das operações a que se entregavam.
11/12/16
Grandes Químicos: LAVOISIER
LAVOISIER
(1743-1794)
Foi o fundador da
Ciência Química.
O seu enorme espírito
de inventiva, a sua excepcional habilidade de experimentador e os poderes de
previsão e de síntese, fazem de Lavoisier uma das grandes figuras da História
da Ciência.
Nascido no seio duma família rica e de boa posição social,
cedo firmou contactos que o levariam a subir e a atingir elevados cargos.
Formou-se em direito, aos 21 anos, enquanto seguia cursos de ciências que
tiveram influência decisiva na sua vocação.
Aos 25 anos entrou na Academia das Ciências, de que viria a
ser presidente e desde então não mais deixou de se dedicar à investigação
científica.
O cargo de director da Administração Governamental das
Pólvoras, e os vastos recursos de que assim pode dispor, permitiu-lhe instalar
um laboratório ao tempo modelar, o melhor do seu tempo, equipado com mais de 5
milhares de instrumentos de vidro e argila: balões, retortas, cadinhos,
cápsulas, funis, etc. e para obter temperaturas elevadas utilizou, não só os
antigos fornos dos alquimistas, como também fontes caloríficas mais limpas e
manejáveis, como lâmpadas de azeite de mechas espessas acopladas e, sobretudo,
o Sol com o auxílio de lentes fortes (fornos solares). Obteve assim
temperaturas suficientemente elevadas para fazer arder um diamante. Muito
preocupado com a medida, teve sempre ao seu serviço, balanças, termómetros e
barómetros de grande precisão e inventou dispositivos que lhe permitissem aumentar
o rigor das leituras. Na situação de que desfrutava podia dar-se ao luxo de empregar
reagentes bastante puros o que era uma raridade na altura, alguns dos quais
preparados por ele mesmo.
Lavoisier encontrou na sua mulher uma colaboradora
excepcionalmente inteligente e hábil.
Lavoisier foi uma das vítimas da Época do Terror da Revolução
Francesa, tendo morrido na guilhotina, em Maio de 1794.
Deve-se a Lavoisier a primeira lista de substâncias simples (da qual constavam apenas cinco elementos).
09/12/16
História da Química: 1- A EVOLUÇÃO DA QUÍMICA ATÉ AO INÍCIO DA CIÊNCIA QUÍMICA
Objectivo da
Química
A química tem como finalidade o estudo das propriedades e da
composição das diferentes substâncias. É portanto a ciência que se ocupa das
transformações da matéria. Tem a considerar dentro do seu campo produtos naturais e artificiais, mas são as substâncias puras (e não as misturas) o que
interessa obter e estudar.
A partir dos produtos naturais (misturas), obtém-se substâncias
puras (ou espécies químicas definidas)
por análise imediata (conjunto de
processos físicos de separação - trituração, acção da gravidade, centrifugação,
dissolução, cristalização, destilação, etc. - e ainda por certos processos químicos.
Quando se chega a uma substância que resiste a todas as tentativas de
fraccionamento aplicadas a misturas, temos a substância pura. Pode-se então
proceder à observação e estudo do seu comportamento químico e das suas
propriedades físicas (aspecto, cor, cheiro, sabor, densidade, pontos de fusão e
de ebulição, calor específico, índice de refracção, etc.).
Conseguida a substância pura, a Química recorre então novos
processos de análise, a fim de determinar a sua composição elementar. As
substâncias puras designam-se substâncias
compostas (ou combinações químicas)
se forem constituídas por mais de um elemento ou substâncias elementares
se não se puderem decompor mais.
O número de elementos hoje conhecidos ultrapassa a centena e
o número de substâncias compostas é de milhões, muitas obtidas em laboratório
por síntese.
Conceito primitivo
de elemento (Antiguidade)
Os filósofos gregos, que debateram largamente o problema da
estrutura íntima da matéria, haviam formado os seus conceitos próprios, alguns
dos quais perduraram até os tempos modernos. Começaram por admitir a unidade da matéria, considerando um
princípio fundamental que, para Thales
de Mileto (640-546 a.C.) e, em geral, para os filósofos da Escola Jónica,
era a água. Outros admitiam ser o ar ou o fogo.
Foi Anaxímenes de Mileto também (570-499a.C.) quem,
admitindo que o elemento primordial tem a possibilidade de se metamorfosear em
outros três, estabeleceu a transição para a teoria dos quatro elementos fundamentais que perduraria até ao século XVI.
Coube, porém, a Empédocles
de Agrigento (490-430 a.C.) dar corpo à teoria dos quatro elementos
fundamentais (o ar, a água, a terra e o
fogo - este o princípio activo por excelência, por criar luz e calor)
depois de ter provado cientificamente, com experiências notáveis para a época,
a existência do ar.
Seria a mistura dos quatro «elementos», em proporções
variáveis, que daria origem a todas as substâncias conhecidas.
Segundo Aristóteles
de Estagira (384-322 a.C.), os elementos são, na realidade, as propriedades
fundamentais pelas quais diferençamos as coisas. Essas propriedades - quente, frio, húmido, seco - combinadas
duas a duas, com excepção das opostas, dariam exactamente os quatro elementos
de Empédocles.
Evidentemente que os quatro elementos aristotélicos pouco
têm a ver com aquilo a que, concretamente, damos os mesmos nomes. São antes
abstracções com que se pretendeu definir situações concretas cuja explicação
profunda escapava à observação.
A Alquimía na
Idade Média
Na idade média, como consequência da evolução da técnica,
surgiu a Ciência Hermética. Criaram-se e desenvolveram-se as artes da cerâmica,
do vidro, da tinta e da metalurgia. Os seus praticantes consideraram sujeito ao
influxo dos astros e faziam acompanhar de fórmulas mágicas.
Mais tarde estimulou-se a ideia de fabricação de ouro,
partindo de metais vis. Os alquimistas propunham-se realizar a «Grande Obra».
Um dos processos seria por intermédio da «pedra filosofal» que, convertida em
«pó de projecção» e incorporada no metal em proporções ínfimas, bastaria para
obter ouro puro.
A Alquimia não foi, como poderia pressupor-se uma fase
primária da Química. Os alquimistas longe de empregarem reagentes puros,
usavam, na sua ignorância da constituição da matéria, ingredientes formados por
misturas complexas. Tão pouco tinham regras permanentes de nomenclatura ou
atribuíam significado concreto aos vocábulos que empregavam como os termos
«enxofre» e «mercúrio». Também não registavam as modificações que os reagentes
experimentavam nem procuravam interpretar as reacções químicas. Limitavam-se a
esperar, a colher o resultado final. Atribuíam os malogros, em geral, às mesmas
causas: aquecimento insuficiente, por falta de calor ou de tempo. Ignoravam ou
davam pouca atenção aos gases nas reacções - atendendo à importância do estudo
dos gases no rápido desenvolvimento da Química no século XIX, compreende-se como
a atitude dos alquimistas perante eles, terá impedido a passagem do seu
empirismo à Ciência Química.
Na Idade Moderna
Mas também é verdade que a Alquimia deixou muito, como
legado à Química. A descoberta de muitos elementos (como, por exemplo, o
fósforo, pelo alemão Brand (1625-1692), quando procurava a pedra filosofal),
numerosíssimos compostos, importantes técnicas (dissolução, filtração,
destilação, calcinação) e aparelhagem especializada (fornos, alambiques,
retortas, balões, funis, etc.).
No século XVII, o grande cientista Robert Boyle (1627-1691),
que pode ser considerado o fundador da escola britânica da Química, dá pela
primeira uma noção de elemento que se aproxima das ideias actuais e descobre a
lei fundamental dos gases.
- Teoria do flogisto
O «flogisto» foi um vocábulo introduzido por Becher
(1635-1682), que admitiu a existência dum princípio peculiar às substâncias
combustíveis, as quais o expulsam no acto da combustão.
Stahl (1660-1734) fez do «flogisto» um princípio geral,
tanto mais abundante na matéria a que se associa quanto mais combustível ela
fosse.
A combustão de qualquer metal, dúctil, maleável, brilhante,
reduzia-o à respectiva cal, terrosa, baça e sem vida. O metal perdia flogisto.
Se fosse possível insuflar flogisto na cal, por exemplo
aquecendo esta com carvão, substância especialmente rica em flogisto,
obter-se-ia de novo o metal. Mas como a cal era mais pesada que o metal, não
havia modo de explicar como ganhando flogisto se perdia peso.
No entanto a teoria do flogisto teve adeptos fiéis até muito
tarde, porque permitia explicar as combustões e estabelecia a relação de
reciprocidade entre oxidações e reduções.
Em 1772 o oxigénio foi descoberto por Scheele (1742-1786), chamando-lhe
«ar do fogo». O flogisto seria em seu entender um elemento e sendo o calor um
composto de flogisto e ar de fogo.
Priesley (1733-1804) também descobriu o oxigénio, a partir
da «cal mercurial» (óxido veremlho de mercúrio, que se decompõe com facilidade
por acção do calor) chamando-lhe «ar desflogisticado», chamando «ar
flogisticado» ao azoto, que era incapaz de alimentar combustões. Segundo ele o
ar que nos rodeia , suportando todas as combustões, está parcialmente saturado
de flogisto que nelas se desprende. Se o «ar» (ainda era comum, no século
XVIII, o emprego do termo »ar» para designar os gases, muito embora o vocábulo
«gás» já tivesse sido criado pelo notável alquimista flamengo Johan Helmond
(1577-1644) que se liberta da decomposição da cal mercurial permite combustões
tão vivas, é porque está isento de flogisto.
Na história da química ficou memorável um encontro em que
Priesley comunicou a Lavoisier (1743-1794) o que apurou em relação ao novo gás
e daqui partiu o grande químico para arquitectar a teoria da combustão.
Lavoisier, cujo espírito era adverso à teoria do flogisto e
se encontrava na atitude de partir do nada para seguir o caminho da
experimentação sistemática, apoiada pela medida, retomou a experiência de
Priesley com a cal mercurial e conseguiu finalmente explicar os fenómenos da
combustão e da oxidação, e com isso, dar a primeira interpretação rigorosamente
científica de fenómenos químicos.
O uso sistemático da balança deu aos trabalhos de Lavoisier
a segurança e o rigor que os seus predecessores nunca conheceram porque estavam
fechados em cojecturas e antigos preconceitos herdados da Alquimia.
Lavoisier é considerado assim, o fundador da Ciência
Química.Grandes Químicos: ROBERT BOYLE
Robert Boyle
(1627-1691)
Foi indiscutivelmente a maior figura da Química
anteriormente a Lavoisier.
Sétimo filho do Conde de Cork, nasceu na Irlanda. Estudou em
Eton e em Genebra, viajou na Itália e na França e adquiriu vasta cultura
filosófica e teológica. Foi um dos fundadores da célebre Sociedade Real, de que
foi também presidente.
Grande cientista, pode considerar-se o fundador da escola
britânica da Química. Foi também um grande físico, tendo vivido numa época em
que o método científico se havia já imposto.
A sua obra fundamental, no domínio da química é o «Sceptycal
Chymist», em que o químico céptico, com argumentos de valor, baseando-se na
experimentação, refuta, em diálogo socrático, os argumentos dos aristotélicos partidários
dos quatro elementos, e dos espagiristas, partidários dos três princípios.
Pela primeira vez Boyle dá uma noção de elemento, a qual, na
sua essência, se aproxima das ideias que dominaram a Química do século XIX.
Descobriu dezassete anos de Mariotte, a lei fundamental dos
gases perfeitos (que tem o nome de ambos): pV=k (para t constante).
08/12/16
ALQUÍMIA - A CIÊNCIA HERMÉTICA
A Ciência Hermética - Os alquimistas
"Deve-se a Zósimo, de Panópolis, no Alto Egipto (século III),
autor de vasta obra sobre a matéria, a criação do vocábulo «khemeia», para
designar a "arte da terra negra", isto é, do Egipto, ou Khem.
Convertido pelos árabes em Alquimia, assim passou ao Ocidente, com uma longa experiência,
assinalada pelo florescimento de alguns dos mais notáveis praticantes da Ciência Hermética - pois deste modo se
designou também a Alquimia. Hermética porque se lhe deu como fundador Hermes Trimegistos
(o três vezes grande), identificado com Thot, divindade egípcia a que se
atribui a invenção das Ciências e com o Mercúrio dos Romanos.
A Ciência Hermética deve ter surgido como consequência do
desenvolvimento da técnica, sempre associada à evolução das civilizações. Criaram-se
e aperfeiçoaram-se as artes da cerâmica, da vidraria, tinturaria e metalurgia,
que os seus praticantes consideravam sujeitas ao influxo dos astros e faziam
acompanhar de fórmulas mágicas.
Mais tarde, quando a organização de grandes empresas
militares ou a realização de obras excepcionalmente dispendiosas começou a
exigir vastos recursos materiais, a ideia da fabricação do ouro, valor material
por excelência, concretizou-se, estimulada por muitos potentados, e veio até
aos tempos modernos.
Partindo de metais «vis» ou de escasso valor, os alquimistas
propunham-se realizar a «Grande Obra» ou «Grande Magistério», transformando-os
em ouro. Um dos processos seria por intermédio da «pedra filosofal», que,
convertida em «pó de projecção» e incorporada no metal em quantidade ínfima
bastaria para colher ouro puro.
Nem tudo é desarrazoado na obra dos Alquimistas. Acreditavam
, e com razão, no fogo - isto é, nas elevadas temperaturas - como poderoso
agente provocador de transformações; operavam por via seca, a temperaturas
muito elevadas, para o que tiveram de criar técnica e material, de que podem destacar-se
os elaborados tipod de fornos - atanores - de que muito dependeria o êxito da
experiência. Mas como ignoravam a existência da força elástica dos gases e
trabalhavam em vasos fechados, sofreram muitas vezes as consequências de destruidoras
explosões.
Um deles, Roger Bacon, avantajando-se muito ao empirismo do
seu tempo, tem já observações que antecipam o método científico dos tempos
modernos, tal como o vieram a conceber mais tarde Leonardo, Galileu e Newton."
Grandes Químicos: ROGER BACON
ROGER BACON
(1214-1292)
Frade Franciscano, nascido em Oxónia (Oxford). Foi
alquimista, físico, médico, matemático e astrónomo, e pioneiro no recurso à
experimentação na investigação científica. O seu vasto saber mereceu-lhe o
cognome «Doctor mirabilis». Nos seus numerosos escritos descreve, entre outras
coisas, a fabricação da pólvora - aliás conhecida dos chineses muito antes da
era cristã.
Grandes Químicos: PARACELSO
PARACELSO
(1493-1541)
Fundador da Iatroquímica (do gr. «iatros», médico), quimiatria ou quimioterapia.Nasceu perto de Zurich (Suiça). Seguiu estudos de medicina em Ferrara (Itália). Muito novo percorreu a Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Escandinávia e talvez também Espanha e Portugal. Dos contactos havidos veio-lhe o gosto pela Alquimia, que praticou.
Não hesitou em condenar mestres antigos como Galeno e Hipócrates, e ensinou na língua materna e não em latim, como era uso.
Foi o tipo acabado do "alquimista errante", levando vida aventurosa mas difícil.
Abandonou a teoria aristotélica dos quatro elementos e fundou a teoria dos três princípios fundamentais, segundo a qual toda a matéria seria composta de enxofre (princípio da combustibilidade), mercúrio (princípio da vitalidade) e sal (princípio da fixidez). Não os nossos familiares enxofre, mercúrio e sal , mas os dos filósofos... Os adeptos desta teoria dominaram-se "espagiristas", vocábulo posivelmente criado pelo próprio Paracelso.
Paracelso ficou ligado à História da Ciência não pela sua teoria mas por, como médico, ter feito sistematicamente a terapêutica por via química, utilizando compostos minerais preparados no laboratório.
História de Roma 22 - OS GRACOS E OS CAVALEIROS
República em Crise:
Os Gracos e os cavaleiros
Roma e a Itália e toda a bacia mediterrânica padeciam de
enormes tensões sociais no século II a.C. devido ao aumento do fosso entre as grandes
famílias e a maioria dos cidadãos ainda mais empobrecidos pela superabundância
de mão-de-obra escrava, que atingiu cifras próximas de 50% da população total, muitos
vivendo na clandestinidade e provocando revoltas que, por vezes, fizeram abanar
a estrutura social.
Dois jovens tribunos da plebe, irmãos, Tibério e Gaio Graco,
implementaram então reformas espectaculares para remediar os problemas. Tibério
ascendeu ao tribunado em 134 a.C. e iniciou uma reforma agrária que visava
distribuir parcelas individuais de terra dos latifundia (imensas propriedades
fundiárias de que o Estado se apossara após a segunda guerra púnica e que eram
exploradas por algumas famílias ricas de patrícios mediante um pagamento
meramente simbólico).
Tibério tinha o projecto de acabar com a pobreza urbana e
aumentar o número de homens livres com bens suficientes para poderem servir no
exército. A fim de contornar eventuais resistências Tibério decidiu submeter a
proposta directamente ao voto dos comícios sem a apresentar previamente ao
Senado, o que não sendo ilegal era contrário aos costumes de Roma. Então quando
o outro tribuno, Octávio, vetou a lei, Tibério convenceu a assembleia a uma
decisão sem precedentes: a exoneração de Octávio. Foi desta forma que a lei
agrária foi aprovada e nomeada uma comissão para a pôr em prática, de que se
destacavam Tibério e o seu jovem irmão Gaio. Tibério com estas atitudes tinha
feito demasiados inimigos, começando a suspeitar-se que os seus métodos
autoritários visassem o poder absoluto. Assim, em 133 a.C., logo que a
assembleia iniciou uma reunião eleitoral no Capitólio, uma violenta discussão
explodiu, degenerando rapidamente em rixa. Os senadores amotinaram-se em massa
e os seus clientes acorreram em seu socorro, matando Tibério e 300 dos seus
partidários à bastonada.
Foi a primeira vez em quatro séculos que houve derramamento
de sangue em Roma num conflito civil. Tibério tinha posto em marcha o que
certamente não queria: a desagregação da oligarquia romana.
Muitos senadores, entre os quais Cipião Emiliano,
regozijaram-se com o fim de Tibério e tentaram paralisar a actividade dos
funcionários encarregados de aplicar as leis agrárias, mas em vão. A lei foi
aplicada e contribuiu para retardar a ruína dos pequenos camponeses.
Em 133 a.C. Gaio Graco foi eleito tribuno. Orador consagrado,
a sua eloquência e diplomacia valeram-lhe apoios de todos os quadrantes. Fez-se
eleger sem qualquer obstáculo para um segundo mandato. Reforçou as leis
agrárias de seu irmão e completou-as com medidas que previam a criação de colónias
romanas à volta de grandes centros como Cartago e Tarento. Reformou os
tribunais, ao criar uma lei em que os jurados deveriam passar a ser da classe
equestre. Era a subida ao poder duma classe com prestígio social, muitos tinham
enriquecido como cobradores de impostos (publicanos) e depois constituído
grandes fortunas em negócios de contratos de percepção relativos a trabalhos
públicos e aprovisionamento do exército. Os «cavaleiros da finança» eram um grupo
muito activo. De tempos a tempos, quando se mostravam demasiado ávidos e
deixavam somente uma pequena parte aos senadores, eclodiam conflitos. Com as
leis de Gaio Graco acabou a homogeneidade dos quadros que governavam o Estado.
Até à época de Gaio Graco, as tentativas de enriquecimento pessoal dos publicanos mantiveram-se dentro de limites razoáveis, mas quando Gaio propôs um novo tribunal composto exclusivamente por cavaleiros a situação alterou-se completamente. Esta proposta pode ser considerada o ponto de partida daquilo que virá a ser a ordem equestre enquanto grupo social distinto.
Até à época de Gaio Graco, as tentativas de enriquecimento pessoal dos publicanos mantiveram-se dentro de limites razoáveis, mas quando Gaio propôs um novo tribunal composto exclusivamente por cavaleiros a situação alterou-se completamente. Esta proposta pode ser considerada o ponto de partida daquilo que virá a ser a ordem equestre enquanto grupo social distinto.
A Gaio deparou-se em seguida o problema escaldante do
estatuto dos aliados de Roma na esfera latina e no resto da Itália. Os aliados
tinham desempenhado um papel determinante durante a Segunda Guerra Púnica e era
o momento indicado para lhe conceder a plena cidadania romana. Contudo o Senado
não estava disposto a conceder direito de voto a homens de quem nunca teria o
voto e assim o estatuto de aliado manteve-se inalterado. Para compensar os
aliados italianos foi-lhes oferecida uma parte das pequenas propriedades
criadas a partir do parcelamento das terras do Estado, mas o Senado não
autorizou os comissários a aplicar esta medida. Gaio decidiu que este ponto não
era negociável e propôs em 122 a.C um novo projecto de lei visando conceder a
cidadania romana a todos os latinos e nas outras cidades italianas aos
administradores romanos, oferecendo em lugar do direito, todas as vantagens
privadas da cidadania. Mas esta medida ambiciosa, digna de um homem de estado,
foi ultrapassada por uma proposta astuciosa de um candidato conservador ao
lugar de tribuno, que fez votar uma lei que ia mais longe. Gaio viu-se atado de
pés e mãos e quando ia supervisionar a sua nova colónia de Cartago, rumores
maléficos de que o lugar trazia mau agouro, enfraqueceram ainda mais a sua
posição. Em 121 a.C. quando se apresentou pela terceira vez ao lugar de
tribuno, não foi eleito. O seu fim estava próximo. Na sequência duma rixa entre
apoiantes e opositores do projecto de colonização de Cartágo, um doméstico do
senador Oprímio foi morto. Este aproveitou-se desse facto para convencer o
Senado a declarar o estado de sítio e o próprio Oprímio assumiu a liderança dum
grupo de senadores e cavaleiros que atacaram Gaio e o mataram. Improvisaram-se
rapidamente simulacros de processos e 3000 partidários de Gaio Graco foram
executados. O decreto que autorizou este acto foi, mais tarde, baptizado de
«senatus consultum ultimum». Este expediente foi utilizado diversas vezes no
decurso dos agitados decénios seguintes.
04/12/16
História de Roma 21: A SOCIEDADE ROMANA NO APOGEU DA REPÚBLICA
21 - A Sociedade
Em matéria de política externa Roma adoptou uma atitude cada vez mais dura e autoritária. No princípio do século II a.C. a
autoridade do Senado sobre a política era total, não obstante as intervenções
periódicas das assembleias. O governo era praticamente assunto de um círculo
fechado de cerca de 2.000 homens, pertencentes a menos de vinte famílias. Eleições
de «homens novos», (i.e. pertencentes a famílias sem antepassado «cônsul»), eram extremamente
raros.
Guiado por estes homens e na ausência dum contra-poder
eficaz, o Senado conservou uma supremacia que roçava a impunidade, tornando-se
um órgão cada vez mais conservador.
No plano interno, os
nobres e o Senado mostravam-se cada vez mais intolerantes face aquilo que consideravam
tentativas que visavam minar a sua supremacia. Entre aqueles que foram alvo da
sua cólera, podemos citar o poeta Névio (270-201 a.C.), autor de obras
patrióticas, entre as quais algumas tragédias e uma epopeia que é uma obra de vanguarda que tem como tema a 1ª Guerra Púnica, na qual o autor havia participado. Cerca de
204 a.C., Névio cometeu uma falta que lhe valeu a prisão e, depois, o exílio. A razão da severidade da sua pena remontava, provavelmente, a uma ofensa com
cerca de trinta anos: tinha ousado criticar uma das mais poderosas famílias
nobres plebeias.
A arte
Nas artes, Plauto (254-184 a.C.) é o grande mestre no domínio das peças
cómicas. Com ele a comédia latina em verso atinge o apogeu. Inspirou-se nas
refinadas comédias gregas do século IV a.C., mas, em vez da subtileza
destas, deu largas ao seu génio na farsa bufa, de ritmo rápido. Utilizou o
grotesco para a crítica social indirecta mas reveladora, tendo o cuidado de
apresentar as suas personagens não como romanos, mas como gregos ou bárbaros. Outro grande poeta, Quinto Énio (239-169 a.C.), nasceu na
Calábria onde recebeu as influências culturais que lá convergiam, gregas,
latinas e italianas. Recebeu a cidadania romana como recompensa da participação
na 2ª Guerra Púnica e foi trazido para Roma por Catão, em 204 a.C. Foi o
primeiro profissional de letras em Roma e foi considerado o pai da poesia latina. A sua obra «Anais» - um poema épico no qual
utilizou, como meio de expressão, uma adaptação do verso heróico grego - constitui uma crónica de toda a história romana, das origens até à sua época.
Catão, "o antigo" (234-149 a.C.) era um «homem novo». Raros
textos da sua autoria chegaram até nós mas, apesar disso, o seu prestígio, como
erudito, foi enorme. A sua obra maior, uma história de Roma em sete volumes,
intitulada «Origens» ou «Histórias», redigida em latim, que não nos chegou, constitui
a primeira obra de referência neste campo e o protótipo da prosa latina na
qualidade de instrumento literário. Foi um excelente orador. Embora não
contasse com qualquer cônsul entre os antepassados, tornou-se um dos políticos
mais famosos na sua época e durante muitos anos uma personagem de primeira
importância. Foi um inimigo figadal dos Cipiões. Apoiado na tradição e,
protegido pelos numerosos proprietários fundiários conservadores, mostrou-se
profundamente hostil ao culto da personalidade, nomeadamente a prestado a
Cipião. Conseguiu expulsar os Cipiões da vida pública, obrigando-os à reforma
em 184 a.C. e nesse ano foi eleito censor, o que era excepcional para um «homem
novo». Esse cargo permitiu-lhe intensificar os ataques contra o helenismo, mas
também a adoptar muitas medidas tendentes a renovar a economia e a moral da sua
pátria. Foi hostil às tendências da sua época que visavam a emancipação das
mulheres. Era do campo, chicaneiro e vingativo, de olhar penetrante, foi um modelo de puritanismo reaccionário, mas todos os seus esforços foram
em vão pois o seu programa mostrou-se, a longo prazo, impraticável.
Com o tempo, os Romanos voltaram-se cada vez mais para Cipião Emiliano, bom orador, um dos mais novos generais romanos que participou na campanha da Macedónia, neto adoptivo de Cipião, o
Africano, cultivando o gosto da época pelo individualismo tão criticado por Catão, veio a substituí-lo e, durante mais de 20 anos,
foi um dos homens de Estado mais marcantes de Roma. Revelou-se um organizador enérgico
e caracterizava-o uma reputação, totalmente merecida, de integridade. Com grande
atracção intelectual pelo helenismo, interessou-se pela filosofia e literatura
gregas e muitos do que lhe eram próximos, como Terêncio (185-159 a.C.), dramaturgo latino cuja obra extraordinária exerceu uma influência duradoura sobre o teatro europeu. vieram a ser responsáveis pelo progresso
que a cultura helénica conheceu em Roma.
A riqueza e os novos monumentos
Durante todos estes anos, um afluxo crescente de moeda e
lingotes de proveniência ultramarina foi-se acumulando no tesouro romano.
Roma era já, pelo tamanho, a primeira cidade do Ocidente e o
afluxo de riquezas permitiu a construção de monumentos sumptuosos. A influência
grega evidenciava-se no novo gosto pelos pórticos e pelas basílicas. No século
I a.C. estas vastas salas públicas foram reconstruídas com abóbadas em arco -
uma conquista arquitectónica romana (que implicava uma outra inovação
tipicamente romana, o arco monumental, que surgiu em Roma a partir de 196
a.C.). Estes monumentos anunciavam já os sumptuosos arcos do triunfo imperiais
que ainda hoje se podem admirar em muitas cidades. Os progressos atingidos na
construção de arcos, arcadas, absides semicirculares, nichos e abóbadas foram
possíveis devido à descoberta de uma matéria revolucionária: a argamassa. Em
144 a.C. um pretor mandou construir, para fornecer água à cidade, o primeiro
aqueduto de Roma, o Acqua Marcia, com 58 Km de comprimento. Esta iniciativa deu
origem a um vasto processo de construções de aquedutos, no final do qual Roma
passou a usufruir de uma abundância de água corrente única no mundo. Ao mesmo
tempo os romanos construíram estradas por toda a Itália. Em Roma as ruas
permaneceram estreitas, mas foram pavimentadas com ladrilhos de lava endurecida
do monte Albino. A população da capital aumentou e a maior parte dos habitantes
residia em edifícios frágeis, construídos com madeira e materiais baratos, sem
aquecimento nem água corrente, regularmente devastados por incêndios e
inundações mas, pelo contrário, as habitações dos ricos começaram a ser
construídas com pedra de cantaria. As casas tinham uma fachada cega que dava
para a rua, distribuindo-se os quartos em redor de um átrio que desempenhava as
funções de corredor interior e de sala de recepção; no átrio ficava o altar e
as estátuas da família; os quartos de dormir e o alojamento do pessoal
doméstico situavam-se na zona mais afastada e muitas destas casas tinham uma
sala de jantar de Inverno e outra de Verão.
Os escravos
Os escravos constituíam uma enorme reserva de mão de obra.
Na sequência das campanhas vitoriosas dos séculos III e II a.C., Roma foi
inundada de escravos. Esta mercadoria era vendida nos grandes mercados da Cápua
e de Delos. Nestes espaços chegavam a negociar-se 20.000 escravos por dia.
Os
escravos não tinham quaisquer direitos mas os domésticos eram tratados com
relativa benevolência. Foi em grande parte devido a eles que a cultura grega
penetrou em Roma pois forneciam à cidade professores, médicos e pessoal
administrativo. No campo, a sorte dos escravos foi sempre menos sorridente.
Segundo Catão deviam ser tratados da mesma forma que os animais domésticos e quando já não tinham idade para ganhar o pão, Catão achava que se podiam deixar morrer, contudo, ainda segundo ele, uma boa gestão obrigava a que os animais e os escravos fossem tratados com cuidado, de maneira a que trabalhassem o maior tempo possível. Era frequente que estes escravos, chamados rústicos, usassem grilhetas
permanentemente Nas grandes explorações
agrícolas, alguns proprietários de escravos muito severos e pouco cuidadosos,
submetiam a sua mão-de-obra a tratamentos terríveis. Os escravos que
trabalhavam nas minas viviam uma existência ainda pior. Muitos desertavam para viverem na clandestinidade e esta foi uma das razões porque, em
alguns períodos do século II a.C., a estrutura social romana estremeceu e esteve
à beira da desintegração.
03/12/16
Grandes Químicos: ROGER BACON
ROGER BACON
(1214-1292)
Frade Franciscano, nascido em Oxónia (Oxford). Foi
alquimista, físico, médico, matemático e astrónomo, e pioneiro no recurso à
experimentação na investigação científica. O seu vasto saber mereceu-lhe o
cognome «Doctor mirabilis». Nos seus numerosos escritos descreve, entre outras
coisas, a fabricação da pólvora - aliás conhecida dos chineses muito antes da
era cristã.
01/12/16
Grandes Físicos: KEPLER
KEPLER
(1571-1630)
Kepler é
considerado o fundador da astronomia moderna.
Nascido em Wurtemberg (Alemanha) a vida de Kepler foi
desventurosa, segundo os seus biógrafos. Não teve saúde, nem dinheiro, nem a
proteção dos poderosos.
Quando concluiu os seus estudos foi-lhe dado um lugar
de professor de Astronomia na Universidade de Graetz que ocupou durante sete
anos.
As vicissitudes da sua vida levaram-no a deixar o
lugar e foi então trabalhar com Tycho Brahe, reputado astrónomo dinamarquês,
que o chamou a Praga.
Dotado de imaginação genial Kepler soube tirar dos
dados das escrupulosas observações de Tycho a concepção de uma harmonia no
movimento dos astros, formulando as leis das revoluções planetárias, as quais
haviam de servir a Newton para estabelecer a lei da gravitação universal. Foi
esta a sua grande descoberta.
Mas produziu ainda trabalhos de valor em diferentes
ramos da Física e sobretudo da Óptica (refracção, fotometria, etc.).
Teve ainda um papel de relevo, que alguns
historiadores consideram equivalente ao de Galileu, seu contemporâneo e amigo,
na luta contra a os conceitos da física aristotélica.
al'>Em 1916 apresentou a «teoria da relatividade
generalizada» que inclui uma nova teoria da gravitação.
Mais tarde, em 1928, surge a «teoria do campo
unitário» a tentar abranger o campo gravitacional e o campo eléctrico.
Além de outras
contribuições para a Física, também se lhe deve a «teoria dos fotões», muito
importante para a interpretação dos fenómenos l
Grandes Físicos: EINSTEIN
EINSTEIN
(1879-1955)
Einstein foi
o cientista mais famoso dos nossos dias.
Nasceu na Alemanha, de onde saiu com os pais aos 15
anos de idade.
Veio a concluir os seus estudos em Zurique (Suiça).
Foi professoe em Berna, Zurique, Praga e Berlim.
Expulso da Alemanha como judeu, fixou-se nos Estados
Unidos e ali morreu em 1955.
Tal como Newton, construiu uma nova síntese dos
fenómenos dinâmicos (isto lhe valeu o nome de «Newton do século XX), o que não
quer dizer que a física einsteiniana se oponha à clássica de Newton. Ela
representa antes um maior grau de aproximação, um maior rigor, na interpretação
dos fenómenos, e permite entrar nos domínios do microcosmo atómico.
As suas teorias apoiam-se em complicados e laboriosos
cálculos matemáticos que poucos estão em condições de penetrar em toda a sua
extensão. Mas os resultados fecundos advindos da aplicação das conclusões de
Einstein têm imposto as suas leis de forma brilhante.
Celebrizou-se muito cedo com a «teoria da relatividade
restrita» (1905), reformando os conceitos básicos de espaço, tempo e
simultaneidade dos acontecimentos, aos quais não atribui um sentido absoluto
como na dinâmica newtoniana.
Em 1916 apresentou a «teoria da relatividade
generalizada» que inclui uma nova teoria da gravitação.
Mais tarde, em 1928, surge a «teoria do campo
unitário» a tentar abranger o campo gravitacional e o campo eléctrico.
Além de outras
contribuições para a Física, também se lhe deve a «teoria dos fotões», muito
importante para a interpretação dos fenómenos l
Grandes Físicos: NEWTON
NEWTON
(1642-1727)
Foi o
criador da Física matemática.
A revolução nas ciências físicas operada por Galileu
atingiu a culminância com o génio de Newton, que nascia em Inglaterra no mesmo
ano em que Galileu desaparecia.
Não tardou que o fio deixado por este fosse retomado
com segura mão. O espírito da época era propício às grandes descobertas e os
precursores das ideias novas eram numerosos e de valor.
Cedo se revelou a vocação de Newton para as
matemáticas, de que foi mestre na Universidade de Cambridge. Descobriu ao mesmo
tempo que Leibniz o cálculo infinitesimal, cujos métodos aplicou habilmente ao
estudo dos fenómenos físicos e particularmente à Dinâmica.
É pela mão de Newton que a física entra no caminho das
grandiosas sínteses e generalizações que relacionam mutuamente os fenómenos
físicos, traduzindo-os por leis e princípios gerais.
A lei da gravitação universal é de todos elas a de
mais largo alcance.
Foi também da mais alta importância a contribuição de
Newton para o desenvolvimento da óptica (decomposição da luz branca, teoria das
cores, telescópio, teoria da emissão, etc.).
Newton foi um astro de primeira grandeza na história
da Física.
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