ROMA - MIL ANOS DE PODER E GLÓRIA: O IMPÉRIO
O império era uma espécie de federação de cidades, sob a égide do imperador. Nenhuma delas mantinha uma verdadeira autonomia. Roma era o modelo. Uma verdadeira unidade foi construída à volta da civilização romana, mas uma unidade sem uniformidade. As diferenças subsistiam na língua - cada região tinha o seu latim, cruzado com o falar indígena - e na sua religião - onde os deuses do panteão romano ombreavam com as divindades ancestrais. Daí a espantosa solidez, a longevidade e o prestígio - tão grande que os soberanos germânicos e até os imperadores otomanos desejaram ser os herdeiros de Roma.
Durante as diferentes etapas e apesar das mudanças ocorridas ao longo dos séculos, Roma soube conservar no essencial a sua língua, as suas instituições, as suas leis, a sua religião, a sua literatura, a sua arte, os seus usos e costumes.
Consciente para todo o sempre da presença da marca romana, a civilização ocidental ainda hoje a toma como referência e a glorifica. Mas se certos aspectos da obra levada a cabo são admiráveis, muitos são, todavia, detestáveis devido ao seu carácter violento.
Durante os séculos I e II, o Império Romano atingiu a sua extensão geográfica máxima, conhecendo um período de prosperidade e de relativa estabilidade. Os imperadores, apoiando-se numa administração eficaz, gerem com sucesso as províncias conquistadas. A romanização progride.
No século III, no entanto, o império está em crise: problemas socioeconómicos e os ataques dos bárbaros nas fronteiras, cada vez mais difíceis de controlar, levam à rápida sucessão de imperadores.
No século IV, com as reformas levadas a cabo por Dioclesiano, o mundo romano adquire uma face nova: o império foi dividido em duas partes - o Império do Oriente e o Império do Ocidente - e, a partir de Constantino, o cristianismo torna-se a religião oficial.
No século V as invasões bárbaras intensificam-se, até à abdicação de Rómulo Augustulo, em 476, o que significou o fim de Roma como império e o fim da Antiguidade.
PRINCIPAIS IMPERADORES ROMANOS:
- Augusto (27a.C. - 14), primeiro imperador
Dinastia Júlio-Claudiana:
- Tibério (14 - 37
- Calígula (37 - 41)
- Cláudio I (41 - 54)
- Nero (54 - 68)
Dinastia Flaviense:
- Vespasiano (69 - 79)
- Tito (79 - 81)
- Domiciano (81 - 96)
Período dos Antoninos:
- Nerva (96 - 98)
- Trajano (98 - 117)
- Adriano (117 - 138)
- Antonino, o Piedoso (138 - 161)
- Marco Aurélio (161 - 180)
Dinastia dos Severos
- Septímio Severo (193 - 211)
- Caracala (211 - 217)
- Heliogábalo (218 - 222)
- Alexandre Severo (222 - 235)
Imperadores Ilíricos
- Galieno (259 - 268)
- Cláudio II (268 - 270)
- Aureliano (270 - 275)
- Diocleciano (284 - 305)
ACONTECIMENTOS MARCANTES:
64 - Incêndio de Roma
79 - Erupção do Vesúvio e destruição de Pompeia
276 - 279: Vaga de invasões bárbaras
330 - Constantinopla, nova capital do império
410 - Saque de Roma por Alarico
A ITÁLIA DEPOIS DE ROMA:
455 - Tomada de Roma pelos Vândalos
476 - Fim do Império Romano do Ocidente. Odoacro, chefe militar de Átila, rei de Itália
488 - Assassínio de Odoacro por Teodorico
493 - 553: Reino Ostrogodo de Teodorico, sob a autoridade de Zenão, imperador do Oriente
553 - 568: reconquista progressiva de Itália pelo imperador Justiniano
568 - 774: Itália dividida - Reino dos Lombardos no Norte e Centro de Itália com capital em Pavia. Roma, Ravena, Sul de Itália e Secília, bizantinos
773 - 774: Carlos Magno, rei dos Francos e dos Lombardos
até 887: Carolingios, reis de Itália.
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