Ah! A incomensurável distância
Sem tréguas... sem ruptura...
Que me afasta de tudo o mais amado!
Pela aridez estéril do deserto que trilho
Vivo na miragem de um oásis desejado
Sem ser quimera ou fantasia
Para além do aqui e agora...
Num espaço em que me conheço e sou
Já não o corpo pesado levitando
já não o espírito maltratado pelo devir
Ou a mente afogada na densa bruma
Do desconhecido assustador porvir
Já não o grito sufocado que se calou
No vazio do meu peito tão fatigado.
04/07/10
Julieta Ferreira (Lx,1952) - Romancista e Poetisa
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