15 - NEORREALISMO
/ REALISMO SOCIALISTA
O Neorrealismo surge no período entre
guerras mundiais, tem o seu auge nos anos 30, e prolonga-se até aos anos 60. De
um modo geral apresenta um caráter propagandístico da ideologia
marxista-leninista. Os artistas neorrealistas eram quase todos membros ou
simpatizantes do partido comunista do seu país.
Tem expressão bastante significativa
nas Artes Plásticas, na Literatura e no Cinema, onde é utilizado para denunciar
injustiças, apontando como solução o caminho do Socialismo.
No México (que viveu tempos muito
conturbados na primeira metade do séc. XX) surgiu um grupo de três pintores,
cuja vertente muralista fez deles os expoentes máximos da pintura neorrealista.
Na União Soviética (e noutros países)
toma o nome de Realismo Socialista, sendo utilizado como máquina de propaganda
do regime. Exalta a Revolução Russa e incentiva o trabalho como meio de
progresso. O período áureo deste movimento coincide com a governação de
Estaline (1922-53), prolongando-se até aos anos 80 na generalidade dos países
do Bloco de Leste.
Cartazes, capas e ilustrações de
livros, muitas vezes de autores desconhecidos ou sobre os quais se sabe muito
pouco, são espaços de eleição deste(s) movimento(s).
Diversos artistas assentaram a sua
produção em acontecimentos do presente ou do passado recente dos seus países,
em torno de abordagens onde a subjectividade não tinha espaço.
Pintores referidos na sessão:
Käthe Kollwitz
Renato Guttuso
José Clemente Orozco
Harry Gottlieb
Diego Rivera
Ben Shahn
David Alfaro Siqueiros
Werner Tübke
Cândido Portinari
Aleksandr Gherassimov
Kathe Kollwitz - As pessoas (1922-23) |
José Clemente Orozco - Zapatistas (1931) |
Diego Rivera - O triunfo da revolução (1926) |
David Siqueiros - O eco do grito (1937) |
Cândido Portinari - Família de retirantes (1944) |
Renato Guttuso - Ocupação de terras na Sicília (1952) |
Harry Gottlieb - Nem chuva nem neve (1937) |
Ben Shahn - Desemprego |
Werner Tubke - Pastor (1974) |
Aleksandr Ghassimov - Lenine na tribuna |
Anónimo - Juntos para sempre (Rússia e Ucrânia) |
Bardasano - 18 de Julho (1937) |
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